Cateter Venoso Central na clínica de equinos
Grandes volumes intravenosos em curtos períodos de tempo são desafios para as clínicas de equinos

A fluidoterapia é uma prática comum no tratamento de suporte na medicina veterinária e tem, como principais objetivos, reestabelecer e manter a volemia, corrigir desequilíbrios hídricos e eletrolíticos. Além da suplementação calórica e nutricional (Dibartola e Batemann, 2011).
Neste procedimento, realizado pelo professor de cirurgia Geraldo Heleno Alves, no Hospital Veterinário da UFMG, o Cateter Venoso Central duplo lúmen foi implantado na veia jugular do animal para realização de fluidoterapia, tratamento e monitoramento.
Animais de grande porte necessitam de grandes volumes de infusão em casos de reposição volêmica rápida, como no estado de choque hipovolêmico. A taxa de reposição nesses casos pode ultrapassar 100 ml/kg/hora (Nolen-Walston, 2012). A capacidade de fornecer grandes volumes intravenosos, em um curto período de tempo, é um desafio na clínica de equinos.
O risco da tromboflebite
Os sistemas comumente usados não proporcionam o fluxo necessário para administração de grandes volumes de fluido em curtos períodos (Nolen-Walston, 2012). Desta forma, para seguir o plano fluidoterapêutico adequado, o clínico se vê obrigado a utilizar a jugular oposta, ou outro acesso venoso como auxiliar. Apesar de eficaz para maior taxa de administração de fluido, o acesso venoso concomitante das jugulares direita e esquerda pode levar a tromboflebite bilateral e suas consequências, como a diminuição do retorno venoso da cabeça e progressão para tromboflebite séptica.
Dentre os fatores que afetam a velocidade do fluxo da solução a ser administrada durante a fluidoterapia intravenosa, destacam-se a resistência intrínseca do circuito do sistema e a pressão de infusão. Fazem parte da tubulação: o cateter, a extensão e o equipo de infusão. O diâmetro e comprimento do cateter tem grande influência na velocidade do fluxo. A pressão de infusão pode ser influenciada pela gravidade, utilização de bolsas pressóricas e/ou bombas de infusão e resistência da circulação venosa (Philip, 1989).
Tipos de cateter venoso central

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